segunda-feira, 26 de abril de 2010

rosto jovem das novas transformações sociais

rosto jovem das novas transformações sociais



Pesquisa com jovens sul-americanos mostra que emprego digno é aspiração não somente por questões econômicas, mas também pela dignidade

por Marcelo Barros

“Juventude e integração sul-americana” é o título da pesquisa coordenada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) e pelo Instituo Polis em seis países do continente – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai – entre março e dezembro de 2007. Mesmo para quem não viu todo o resultado desta pesquisa sobre a realidade da juventude no continente, o resumo que Maurício Santoro publicou no Le Monde Diplomatique Brasil (janeiro de 2008) nos traz boas notícias.


A reportagem atesta que “nunca houve tantos jovens na América do Sul e que esta realidade deve perdurar até 2015” e “aposta na juventude para fortalecer a democracia nos diversos países”. Neste sentido, procura retratar a realidade dos rapazes e moças, encontrados singularmente nas ruas, praças e escolas e também analisa 19 organizações juvenis que exprimem demandas de mudança social. No Brasil, foram entrevistados jovens cortadores de cana do interior de São Paulo e jovens do Fórum da juventude do Rio de Janeiro. Também foi retratado o movimento que se chamou “revolta do Bizu”, movimento realizado por jovens em Salvador, BA, pelo passe livre nos ônibus e também o movimento hip-hop de Caruaru, PE. Assim, a pesquisa analisou 19 organizações e movimentos juvenis nos seis países escolhidos e as questões levantadas foram em relação à educação, trabalho, cultura e etnias.


Certamente, as conclusões das pesquisas seriam outras se os entrevistadores e pesquisadores tivessem preferido ambientes onde a juventude é mais anônima. Espaços urbanos como favelas, sinucas, bares de periferia e bailes funk talvez dessem algumas respostas diversas daquelas que esta pesquisa colheu. Entretanto, se compreende a escolha dos locais e movimentos de pesquisa pelas perguntas a que se pretendiam responder: “Que papéis a juventude desempenha nos processos sociais de seus países e quais a expectativas e demandas dos jovens?”.

A pesquisa revela que os jovens pleiteiam um emprego digno não somente por questões econômicas, mas também como direito de autonomia pessoal e dignidade. No que diz respeito à escola, a pesquisa constata muitas queixas com relação às leis educacionais e currículos que os governos impõem às escolas. Em todos os países pesquisados, os jovens revelaram descontentamento com relação à Escola como instituição desligada da vida de família e do bairro. Entretanto, foi no Chile que os jovens chegaram a formar a chamada “rebelião dos pingüins” contra os pressupostos da lei educacional. Recentemente, 800 mil jovens ocuparam colégios e foram às ruas em protesto contra a lei educacional do país, ainda elaborada na época da ditadura de Pinochet. A maioria dos jovens entrevistados manifestou grande interesse pela educação, mas grande decepção com a instituição escolar, muitas vezes, ainda pensada para as elites.


Em todos os países, os jovens entrevistados afirmaram que, na sociedade, o jovem é visto como risco e problema, mais propenso à irresponsabilidade e à violência do que o adulto. Também destacaram que este modo preconceituoso da sociedade olhar a juventude influi na consciência que o próprio jovem tem de si mesmo e também nas próprias organizações juvenis. Por isso, grupos e organizações que lidam com juventude tendem a desenvolver uma cultura própria. Em alguns países, se fortalece um elemento próprio do que se poderia chamar de “cultura jovem”, um modo de lidar com a vida a partir da sensibilidade e do estilo comum à juventude.

Com muita razão, as religiões e tradições espirituais valorizam a ancestralidade e a contribuição imensa dos mais velhos. Entretanto, isso não exclui o reconhecimento de que, como dizem documentos do cristianismo antigo, inclusive a Regra Beneditina, muitas vezes, o Espírito Divino revela o que é melhor aos mais jovens. É importante apostar na juventude e abrir-se aos jovens com os quais convivemos, tanto por questão de justiça, como porque a juventude, além de ser idade, é estado de espírito e pode contagiar o mundo todo com a força da esperança e uma proposta profunda de renovação que todos nós precisamos.


Marcelo Barros, monge beneditino e autor de 32 livros.
fonte: www.brasildefato.com.br

Campanha Nacional contra o Extermínio e Violência de Jovens

Campanha Nacional contra o Extermínio e Violência de Jovens
atualização: 2010-02-07 14:45:30
O que é a Campanha?

É uma ação articulada de diversas organizações para levar a toda sociedade o debate sobre as diversas formas de violência contra a juventude, especialmente o extermínio de milhares de jovens que está acontecendo no Brasil. Com isso, a Campanha objetiva avançar na conscientização e desencadear ações que possam mudar essa realidade de morte.

Como começou?

A Campanha nasceu da reflexão da 15ª Assembléia Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil (ocorrida em maio de 2008), fruto da indignação crescente dos/as delegados/as presentes naquela assembleia e da revolta ante ao crescente número de mortes de jovens no campo e na cidade, em todos os cantos do país.

Quem promove?

As Pastorais da Juventude do Brasil (Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude Estudantil, Pastoral da Juventude do Meio Popular e Pastoral da Juventude Rural).

Com o objetivo de unir forças na defesa da vida da juventude, várias outras organizações estão se juntando como parceiras da Campanha. No Seminário Nacional de preparação da Campanha, realizado em maio de 2009, várias organizações estiveram presentes:

Setor Juventude – CNBB
Comissão Brasileira de Justiça e Paz
Conferência dos/as Religiosos/as do Brasil
Conselho Nacional de Leigos e Leigas
Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude
Campanha Reaja ou será mort@!
Associação de Familiares e Amigos/as de Presos/as – Bahia
Jornal Mundo Jovem
Via Campesina

Quais serão as ações da Campanha?

As ações serão feitas a partir dos três eixos da Campanha:

Eixo I: “Formação política e trabalho de base”
Ações de conscientização e sensibilização quanto aos debates de segurança pública, sistema carcerário, direitos humanos, outros tipos de violência...

Elaboração de texto-base.

Subsídios preparatórios às Atividades Permanentes das Pastorais da Juventude do Brasil alinhados com a temática da Campanha (Semana da Cidadania, Semana do/a Estudante e Dia Nacional da Juventude).

Organização de Seminários Estaduais, de discussão e planejamento da Campanha.

Criação de um site da Campanha para disponibilizar subsídios, informações e possibilitar a interação com todas as pessoas que aderirem à Campanha.


Eixo II: “Ações de massa e divulgação”
Organização de uma Marcha Nacional (2011), com o objetivo de denunciar a violência e mobilizar a sociedade no que se refere ao extermínio de jovens.

Organização de pré-marchas locais.

Ações a partir das Atividades Permanentes da Pastorais da Juventude do Brasil.


Eixo III: “Monitoramento da mídia e denúncia quanto à violação dos direitos humanos”
Acompanhamento e denúncia das violações de direitos humanos praticadas pela mídia.

IMAGEM DA PJ





Dinâmicas de Grupo-Perdidos No Mar

Dinâmicas de Grupo

Perdidos No Mar

OBJETIVO:
Discutir com os participantes as variáveis de uma decisão e a concluírem a importância da atualização e do autodesenvolvimento de cada um para um boa tomada de decisão.

CENÁRIO:
O grupo está convidado para um cruzeiro marítimo de longa duração com todas as despesas pagas.

DESENVOLVIMENTO:
1 O instrutor faz uma tempestade de idéias lançando no cavalete o que os treinandos gostariam de levar num passeio de Iate (estimular que o grupo leve muitas coisas supérfluas).
2 Em seguida, explicar que o nosso iate bateu num Iceberg e está naufragando e então distribuir a Folha Individual de Perdidos no Mar (Anexo III), para que cada um possa numerar o itens em termos de importância para a sobrevivência.

PROCESSAMENTO:
Onde é que ocorre a maior incidência de erros nos passos da Tomada de Decisão? Concluir com o grupo que é no Levantamento de Alternativas justamente pelo desconhecimento e pela falta de informação. Trabalhar com o grupo a importância da reciclagem e da atualização de cada um no desempenho de suas atividades. Explorar com o grupo a Situação Real e a Situação Ideal. Voltar aos cavaletes que contenham a tempestade de idéias e dizer que lá está representada uma situação ideal e que o naufrágio representa uma situação real. Perguntar qual a situação que estamos vivendo em termos econômicos e de crise. Concluir que estamos numa situação de emergência e trabalhar com os treinandos enfocando o poderíamos fazer para sobreviver a esta situação de emergência para que ela se transforme em ideal.

Abaixo, uma explicação racional das prioridades, segundo os especialistas:
De acordo com os entendidos, as bases necessárias para a sobrevivência de uma pessoa perdida no meio do oceano são artigos usados para chamar a atenção e de sustento, até que chegue o salvamento. São de pouca importância os artigos de navegação. Mesmo que uma pequena balsa salva-vidas seja capaz de alcançar a terra firme, seria impossível estocar comida e água para sobreviver durante todo o período. Por isso, são de primeira importância o espelho e os dois galões de óleo misturado com gás. Estes itens podem ser usados para sinalizar um salvamento de ar e de mar. São de segunda importância os itens como água e alimento, por exemplo, o alimento concentrado. Uma explicação racional breve ajudará para compreender a enumeração de cada item. Naturalmente estas breves explicações, obviamente, não representam todo potencial usado em cada item específico, mas, antes, a primeira importância de cada um.
01) Um espelho tipo médio: Importante para poder fazer a sinalização água e mar, para o salvamento.
02) Dois galões de óleo misturado com gás: Importante para sinalização, já que o óleo misturado com gás flutua na água e pode ser incendiado com a nota de dinheiro e o fósforo (obviamente fora da balsa salva vidas).
03) Cinco galões de água: Para saciar a sede, etc.
04) Alimento concentrado: Para alimentação.
05) Um plástico de seis metros quadrados: Usado para coletar água da chuva, servir de abrigo, etc.
06) Três caixas de chocolate: Reserva de comida.
07) Equipamento para pesca: Em caso de necessidade, para pescar, providenciar alimento.
08) Trinta metros de corda nylon: Usado para juntar os equipamentos para não se perderem
09) Colchão flutuante: Se alguém cair, pode servir como salva-vidas.
10) Repelente de tubarões: Uso obvio.
11) Três litros de rum: Contém 80% de álcool, suficiente para ser usado como antisséptico contra infecção.
12) Pequeno rádio transistor: de pouco uso, visto não haver possibilidade de transmitir.
13) Mapa do Oceano Atlântico: Sem uso, visto não haver equipamento adicional de navegação, porque pouco importa onde estamos e sim onde está o socorro.
14) Sextante: relativamente sem uso, uma vez que não há cronômetro, nem marcação.
15) Mosquiteiro: Não há mosquitos no meio do Atlântico